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sexta-feira, 23 de março de 2012

Chope

Saí do trabalho


Estou c'o pensamento embriagado
e o sentimento em louro efervescente
de branca espuma a refrescar-me a mente
pois hoje é sexta-feira, é feriado!

Já com preguiça


E enxergarei a noite extasiado
do ângulo focal da etérea lente,
do etílico pensar que, inconsequente,
transforma o amargo em doce amargurado.

Quero mesmo é sossego


Boêmia, a vida vai sentar-se à mesa
pensando que o universo estacionou, [pe-]
cando, desejo um pão com calabresa,

O "garçon" traz salsicha


sem pressa, sem horário de metrô - [pis-]
tache! - sem garçom. Mais nada tem clareza...
Que tudo exploda, que esta noite é chope!


Que então eu bebo com profundo desapego...


Gilberto de Almeida
(por volta de 1992)

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