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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Soneto sem controle

Qualquer controle, amigo, é Ilusão:
é superestimar o que tu és,
é crer que tens deitado junto aos pés
aquilo que sequer segura a mão.

Ou pensas tu que vaga direção
na vida tens? Ou que andas num convés
que não balança, livre do revés,
se é outro que conduz a embarcação?

Mas veja este soneto entretecido
no verso heroico, métrico e contido...
Pois, por mostrar-te o quanto não é teu,

eu o darei de almoço para enguias!
Pensaste, então, que o conhecias
se quem o fez -  não tu! - fui eu?

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Pois bem, então mandei o verso heroico para o além
porque esses versos afinal são meus!
E, assim, quem te garante que podes controlar algo ou alguém
se as coisas e as pessoas não são tuas, são de Deus?

Gilberto de Almeida
22/06/2012




Um comentário:



  1. Realmente ninguem é de ninguem, somos todos de Deus.Fico sem palavras para exprimir meu encanto com a sua obra. Beijos controlados pela ternura da amizade.
    sisoyyo.

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