Inquieto, precisa afeto:
Ordem do Divino.
Cruzaram-se as pernas
Imunes ao olhar impune:
Cruzaram-se as pernas
Imunes ao olhar impune:
Olhar das cavernas!
Cadê essa mulher?
Ilesa? Se estava acesa...
Onde ela quiser.
Calafrio que vem
Intenso e encontra
propenso
O corpo de alguém!
Contrai sem parar
Interno, o órgão materno!
Ondas de assustar...
Calorosamente,
Insana a água que emana
O orvalho da gente.
Cheia de receio,
Inflama quando sua mama
Ousa virar seio.
Corada ela estava,
Inchada, a alma molhada
Onde ele a tocava.
Cuidado, não entre!
Intruso no órgão
confuso:
O seu baixo ventre!
Cega sensação
Inventa, aumenta e ainda tenta
Ocluir a razão.
Cuidando da gente,
Instinto doido, faminto
Ofuscando a mente.
Cheiro de calor
Invade, causa a vontade
Ornada de amor.
Chama-me esse doce
Instinto. Juro que eu
sinto
O amor agridoce.
Com o corpo ereto,
Imagem de uma bobagem...
Orgasmo no Teto!
Casal a gemer:
Idílio que acaba em
filho.
Ousado Prazer.
Como dança cega
Impondo aos dois esse
som (do)
Olodum da entrega...
Contigo eu quero
Ir fundo ao fim deste
mundo,
Ou me desespero!
Casa-te comigo?
Imploro que o faças: moro
Onde for contigo!
Gilberto de Almeida
13/04/2012
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