O João de Barro é ideal
pra contar essa história,
quase uma história humana,
pra ficar na memória
da vida de qualquer
casal:
Todo o segredo do
assunto
- vocês vão ver que perfeito
-
é que ele e a dona Joana
(de Barro), sempre dão
jeito
de a casa construir em
conjunto.
E aí é que mora a beleza
meio que, assim,
espartana:
nem é só o João,
nem é só a Joana
que trabalham no projeto;
se juntos constroem o
chão,
também juntos fazem o
teto,
sem soberano, nem
soberana
nem autor e nem alteza!
E ela encontra sempre a
maneira,
sem artimanhas, nem nada,
só por amar e querer ser
amada,
de enfeitiçar o coitado,
de modo que quando
trabalha,
não importa a empreitada
ele se entrega – alma inteira
-
àquela que quer a seu
lado.
E passa-se uma semana
e os dois trabalham
duro,
nem só o João, nem só a
Joana
e trabalham com carinho
enquanto preparam seu
ninho
pois querem que o
nirvana
não seja só do futuro!
E eles sempre se
entendem;
mais nada no mundo é
preciso.
Se expressam com ternura
no canto – que é o seu
sorriso!
Ao construir a cabana
ambos, ao outro, se
rendem
e a mansidão é uma jura
de eterna dedicação
do João pela Joana
e da Joana pelo João.
Mais uma semana a
passar:
um acerta, o outro erra,
mas nada de ninguém se
cobra
no trabalho desse par
para concluir a obra.
Só existe a comunhão
tão simples, mas tão
bacana
do João e da Joana
da Joana e do João
mas suficiente o
bastante
para fazer da terra
seu berço de diamante!
Gilberto de Almeida
05/06/2012
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