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sábado, 3 de novembro de 2012
Como um gazebo
Primeiro imaginei que a moradia
que eu fosse, aconchegante, deveria
ter móveis confortáveis pelo piso
e espelhos a mostrar-lhe o seu sorriso;
paredes decoradas, quadros, belas
cortinas balançando nas janelas;
na sala, um estofado e uma lareira
para aquecer-lhe a vida, a vida inteira;
nos quartos, camas com lençois macios
- um templo para os nossos desvarios...
Mas eis que o tempo passa e a gente pensa
que o que pensamos antes foi pretensa
ternura, falso amor, que agora sente
ser fruto do egoísmo imprevidente.
Então, não quero mais que a moradia
que eu seja, seja quente ou seja fria,
nem quero ter mobília refinada
que ostente o desamor, talvez, mais nada!
Sem quadros, sem paredes, sem prisão
eu quero ser algum lugar que não
confina, não oprime e, sim, liberta,
lugar em que você, enfim, desperta,
seja você, não seja os meus quereres,
sejamos nós: um ser; um ser; dois seres!
Assim, que a moradia que eu concebo,
sem portas, se assemelhe a algum gazebo
a proteger do sol minha mulher
que apenas entre nele se quiser.
Gilberto de Almeida
03/11/2012
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Q amor e a liberdade faz uma parceria perfeita! A felicidade estará sempre presente.
ResponderExcluirAbraço poético.
O amor verdadeiro é uma livre sintonia de vontades. Se não houver liberdade, ou não houver sintonia, não é mais amor, é prisão. Assim penso. Abraço, Rosângela.
ExcluirNada tem importância se o amor existe. Ele chega para mobilar a vida, Gilberto! Nada mais é necessário.
ResponderExcluirVersos sensatos e bonitos!
Obrigado, Dulce. Estou contigo. Em todos os sentidos da vida, só o amor é o que importa, é o que nos faz humanos. Bjos.
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