A luz da simplicidade entrou no consultório
com um sorriso humilde, mas radiante, cabeça baixa
desviando o olhar.
A mão se estendeu tímida para o cumprimento formal
e um gesto quase imperceptível
pediu permissão para sentar
a maturidade assinada nas marcas da vida,
estampada na pele judiada.
Duas singularidades numa ficha clínica sem vícios:
- sete filhos;
- e uma impressão digital.
Sem assinatura.
Feliz que estava, por trabalhar,
desconcertou-me essa beleza de contentar-se com o mundo
que Deus lhe deu
e de trabalhar no que podia...
Meu coração se encheu de simpatia e amor
por um ser simples,
judiado
e belo
que eu jamais veria de novo!
Gilberto de Almeida
22/01/2012
Linda e comovente empatia com o próximo.
ResponderExcluirUm abraço
O poder da simplicidade...Sempre toca a quem tem sensibilidade apurada.
ResponderExcluirUm abraço.
Muito emocionante, Gilberto!
ResponderExcluirBelíssimo.
Essa beleza sem artifícios que nos surpreende em alguns momentos da vida é tão desarmante quanto emocionante. Mas só uma alma sensível a percebe! Parabéns
ResponderExcluirAbraço
Ruthia d'O Berço do Mundo
Amigos, obrigado pelos comentários! O encanto natural de quem enfrenta as próprias dificuldades com simplicidade e alegria sempre me comove!
ResponderExcluirIsso é lindo, Gilberto!
ResponderExcluirEu posso imaginar a força que, a despeito da simplicidade, esse homem tem dentro de si...
Olá, Isa. Realmente, é alguém especial, a quem Deus deu o dom de perceber o sentido da vida através de uma existência humilde e honesta...
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