(Juliana Landim)
A moça do caixa do supermercado nem olhou pra mim!
- Tem cartão fidelidade?
(não esboçou nenhum sorriso, nenhuma expressão facial)
- Não, senhora!
- Nota fiscal com bônus e rastreamento de despesas?
(impávida!)
- Não, obrigada!
Mas, não sei por que raio de motivo, eu decidi que ela também era filha de Deus!
Colocou as sacolas plásticas sobre o balcão, para que eu embalasse as compras!
Nenhum olhar na minha direção, continuava sem sorrir!
Já que ela era filha de Deus, merecia o meu amor!
- Vinte e cinco reais! - anunciou!
(a maior cara de falta de amigos!)
Decidi irradiar amor...
Amor fraterno...
Lá de dentro do meu coração...
Já me viram fazer isso? Acho que nem eu!
Enquanto eu remexia a carteira, ela começou a embalar minhas conpras!
Eu revirando a carteira!
Mentalmente, continuava a irradiar amor...
Paguei!
De repente , ela abriu um sorriso, me entregou as compras embaladas,
pousou olhos meigos nos meus e proclamou:
- Boa noite, menina. Vai com Deus!
De uma só vez, fez tudo que não tinha feito ainda!
Arrepiou!
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