Meu pai, querido pai, eu não me esqueço
das noites de palestra alentadora.
Deitava-me no chão e era o começo
do assunto que seguia noite afora.
Porém, falhei contigo e pago o preço
da ausência que, insidiosa, se demora.
Meu pai, saudoso amor, é o que te peço
que aceites, de minh'alma devedora.
Já sei que tudo passa, e há novo ensejo
de refazer, na vida, o que foi feito.
E a vida também passa, num lampejo,
e um dia, o desenlace, de algum jeito,
virá trazer a hora, que não vejo,
de novo, de estreitar-te contra o peito.
Gilberto de Almeida
15/02/2020
um sentimento eterno de saudade...uma esperança imensa de reencontro.
ResponderExcluirUm abraço
Olá, Guaraciaba. Realmente é isso. Com saudade e muita esperança. Grande abraço.
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