Há muito, muito tempo
foi-se embora
aquele que morou dentro de mim.
Sem pressa, sem aviso,
foi assim,
em triste e categórica demora
que foi-se, e falta faz ainda agora...
Partiu. Deixei morrer. Não intervim.
A ausência que causou e
causa, enfim,
a angústia que, em
silêncio, me devora,
a voz que anima, acalma e que tempera,
a força, o acreditar (já me esqueci!),
e um otimismo tal que, quem
me dera,
pudesse estar com ele ainda aqui...
Mas é passado: eu sei
que o “eu” que eu era
se foi. Mas ainda o escuto por aí.
Gilberto de Almeida
12/04/2012
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