Profunda noite cobre -
como o mar, o abismo
- a Terra, altar do amor
e da tragédia humana.
E cuida bela, imensa, de
ocultar da fama
virtude, inteligência, força e heroísmo.
A noite intensa e
nua, em seu determinismo
descobre o esplendor de gigantesco drama:
a pequenez do homem! Ponderada, clama
por contrição, amor, verdade e altruísmo.
Trilhões de estrelas vivas, em constante amparo,
olhares diamantinos a vibrar, serenos,
reprovam-me, do alto, o proceder avaro.
Percebo, então, o abismo escuro dos venenos
do orgulho e do egoísmo e, sem querer, reparo
o quanto hei de crescer - e amar! - para ser menos...
Gilberto de Almeida
08/04/2012
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