Nas cores e matizes da estação
do outono, ao reparar, me desconcerto.
Estúpido, imagino que elas são
oásis, que me encontro no deserto.
Nas cores e matizes vivo, então,
na breve epifania com que flerto,
mas, tolo, não encontro explicação
até que me aparece, astuto, o Alberto:
- Por que dar forma e imaginar a poesia?
Por que a métrica? Para que as rimas?
Pára agora mesmo com esse soneto!
Diante do meu olhar assombrado, ele arremata:
- Queres poesia?
Então apenas tira os sapatos
E caminha descalço sobre as folhas de outono.
Gilberto de Almeida
19/11/2012
Me vi caminhando descaço nas folhas de outono! Adorável poema!
ResponderExcluirObrigado, Rosângela, amiga.
ExcluirLIndo!
ResponderExcluirNa beleza e na sutileza do toque nasce a poesia.
Parabéns!
Obrigado, Alice. Volte sempre!
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