Enquanto
assistia à fanfarra,
astuto
e varão contumaz,
arguiu
o cigarro à cigarra:
- meu bem,
e você, o que faz?
Tomada
de súbito espanto
por ver-se, assim, importunada
refez-se
a cigarra, no entanto,
e
respondeu, toda educada:
- Eu
canto!
Achando o sujeito
bizarro,
mas não
querendo se indispor,
arguiu
a cigarra ao cigarro:
- E em
que trabalha o bom senhor?
Porém,
o cigarro de santo
Sabemos
bem, não tinha nada.
Tentou se esconder nalgum canto,
Mas
veio a rima atravessada:
-
Eu câncer!
Gilberto de Almeida
20/03/2013
Bem educativo...
ResponderExcluirUm abraço
Obrigado, Guaraciaba. Sempre é bom vê-la por aqui,
ExcluirAbraço.