No horizonte, amanhece,
a paz timidamente começa
e eu aprecio
sobre a aridez insulada da minha vida.
Amanhece sobre o mar,
oscila o espelho luminoso
e eu aprecio
da altura do rochedo dos meus temores.
Na mata fresca, amanhece,
doura-se o verde contemplativo
e eu aprecio
sobre o leito rude do meu pranto.
Amanhece a música na vida,
São bem-te-vis, sabiás, nem-sei-mais
e eu aprecio
do silêncio indevassável da noite antiga.
Na Terra, tudo amanhece,
fluem os rios, prateando o dia
e eu aprecio
sobre a inércia, ávido de movimento.
Deus vibra, infinitamente manifesto,
e eu aprecio
sobre o sólido reduto das minhas preces.
Dentro de mim, amanhece.
Gilberto de Almeida
28/02/2014
O Pastor agradece e o poeta oferece, assim, como quem não tentou, um encanto a quem lê.
ResponderExcluirObrigada, Gilberto!
Abraço!
Obrigado pelo carinho, Dulce.
ResponderExcluir