Havia algo de supra-sensorial no confronto entre Brasil e Camarões;
era o continente sul-americano
compartilhando o campo com suas raízes africanas,
na festividade do esporte
reparando a história.
A fraternidade abria as portas ao ofendido
na capital do ofensor.
Oportunidade única.
Diante das luzes do planeta
poderia desfilar,
de parte a parte,
o jogo limpo,
o exemplo da dignidade,
de lisura.
Mas assim não foi.
Assim não merecemos
e assim não percebemos
porque ainda estamos habituados à agressão.
A arena,
o gládio
e a bola
a que chamamos futebol.
Eis tudo.
Gilberto de Almeida
23/06/2014
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