Quisera proclamar a plenos brados
a eterna realidade reticente,
a eterna realidade reticente,
oculta, bem guardada por cuidados,
porém proclamaria inutilmente!
Inútil proclamar que, empacotados,
Inútil proclamar que, empacotados,
venenos aos milhares matam gente:
da amônia aos cancerígenos pesados,
nenhum composto inerte ou inocente!
Tolice! Não importa o que eu reporte
Tolice! Não importa o que eu reporte
à alma desditosa e dividida
que, escrava da ilusão, sente-se forte,
se o tabagista - incauto e - sim! - suicida
se o tabagista - incauto e - sim! - suicida
- enquanto, prazeroso, traga a morte,
deliberadamente estraga a vida!
Gilberto de Almeida
Gilberto de Almeida
26/06/2014
Que precisão poeta!
ResponderExcluirEu diria que és um poeta tipo "parnasiano".
Somente aos poetas é dada tal percepção, tal condição de escrita.
Persevere!
Abraço fraterno.
Verdade, meu amigo. Tem muito de parnasiano no que escrevo (gosto do esmero e do ritmo). Mas, se você tiver curiosidade, dê uma passeada pelo blogue e vai encontrar também, algo de poesia concreta, de simbolismo, de contemporâneo... Um abraço e obrigado por comentar!
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