porque, no natal, de fato,
muito há que eu não entendo.
No meu natal diferente,
Ao invés de Papai Noel
(de onde ele veio?)
(de onde ele veio?)
todos esperariam,
procurariam,
aguardariam
e elevariam seus pensamentos
a Jesus.
Ao invés de um pinheiro
(de onde ele veio?)
haveria, no máximo, uma oliveira,
porque isso faz sentido.
Ao invés de um monte de gente
em conversação ruidosa
fartando-se até o limite,
haveria pequena família
em silêncio reverente
e refeição frugal.
Nem uísque, nem cerveja,
nem álcool de espécie alguma.
Vinho, talvez uma taça,
porque isso faz sentido.
Quem sabe, haveria as luzinhas que piscam
porque são poéticas
e porque fazem sentido, também...
Mas poderia haver velas.
uma meia-luz acolhedora
lembrando aquele tempo
de candeias...
Não haveria troca de presentes
(que se compra sem querer gastar
e se dá com receio de errar!),
Haveria, talvez,
incenso e mirra,
ao pé da Oliveira, se tanto,
como homenagem póstuma
a Quem desprezamos em vida.
Não haveria discussão estéril
sobre o valor do dólar,
sobre o último eletrônico da moda,
nem mesmo sobre a receita do peru
(não haveria peru!).
Seria um momento de contar histórias
para as crianças e adultos
a respeito da Vida
do Homem-Luz.
do Homem-Luz.
Seria momento de entrega,
de revivescência,
de agradecimento
e de oração.
No meu natal diferente,
ninguém deblateraria,
ninguém deblateraria,
nem daria gargalhadas estridentes,
ninguém contaria bravatas,
nem esbravejaria com as crianças.
nem esbravejaria com as crianças.
Todos se diminuiriam
para o aniversariante aparecer.
E sentir-se-iam felizes
E sentir-se-iam felizes
de uma felicidade serena.
É assim que seria
o meu natal diferente.
Mas é claro que,
exceto, talvez, num santuário,
ninguém quer um natal assim!
05/12/2016
Gilberto de Almeida
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