Pungente, o despertar da alma estarrecida,
no átrio do triunfo, além da sepultura.
Atrás de si, o pó, a morte, a cova escura;
adiante, a imensidão que pulsa e que convida!
Por força vigorosa, então, ela é atraída
ao seio do zimbório, à luz, na imensa altura...
Mas, dor! Eis que a ilusão, no além, se configura,
pois pesa sobre a alma a inércia de uma vida!
Que fez de seu passado o espírito que avança?
Que saldo de bondade, amor, ou de esperança
devolve ao Pai saudoso a alma resgatada?
Viveu no egocentrismo ocioso e quase nada
entrega ao Criador, por mínima oferenda...
Retorne, então - e que ame! E que ame até que aprenda!
Gilberto de Almeida
20/10/2018
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