Da superfície, nada
chega a mim, nem breve onda,
O periscópio é um
instrumento sem utilidade,
Das escotilhas, vejo somente
a matéria escura.
E esse desamparo, o
pensamento atordoado sonda,
Busca brecha para ver se
me tortura.
Sem rumo, sem
tripulação, anseio por informação, mas nada,
O rádio de nada adianta,
existem espiões lá fora
Só se for o telégrafo:
eis a solução... mas a mensagem tem que ser cifrada.
Toda cautela é pouca,
não há espaço para errar!
Codifico e envio, e
aguardo agora!
Não há espaço para
errar, não no fundo do mar.
Gilberto de Almeida
17/05/2012
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