A vida no infinito é o que arrebata
do leito, à noite, em sonhos, o poeta.
Inquieta-se entre onírica e concreta
Verdade, de alma aflita e estupefata!
No entanto, essa Verdade intimorata,
de dia, seu critério, a interpreta.
Por isso, nem a mais tênue e discreta
versão da realidade ele retrata.
É como se escrevesse sobre a neve
na aridez da terra em que ninguém
sonhou, sequer, com chuva, amena e breve.
Assim é que o poeta vive além,
pois página nenhuma circunscreve
a imensidão dos sonhos que ele tem.
Gilberto de Almeida
14/01/2020
Verdade! é no recesso da noite é que se revelam os sonhos mais sonhados.
ResponderExcluirUm abraço
Olá, Guaraciaba. Obrigado pela visita e pelo comentário. Abraço.
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