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quinta-feira, 17 de maio de 2012

O Último Marinheiro Submerso

Estou num submarino a grande profundidade...
Da superfície, nada chega a mim, nem breve onda,
O periscópio é um instrumento sem utilidade,
Das escotilhas, vejo somente a matéria escura.
E esse desamparo, o pensamento atordoado sonda,
Busca brecha para ver se me tortura.

Sem rumo, sem tripulação, anseio por informação, mas nada,
O rádio de nada adianta, existem espiões lá fora
Só se for o telégrafo: eis a solução... mas a mensagem tem que ser cifrada.
Toda cautela é pouca, não há espaço para errar!
Codifico e envio, e aguardo  agora!
Não há espaço para errar, não no fundo do mar.

Gilberto de Almeida
17/05/2012


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