O poeta é um
amador.
E ama tão completamente
que chega a encher de amor,
o amor que se enche da gente.
E esse amor que, então, se atreve,
sem pedir, a amar alguém,
ama o amor que ele já teve,
ama o amor que ele não tem.
E o poeta, assim, dá corda
a uma grande confusão;
põe direitinho na roda
o seu próprio coração!
Gilberto de Almeida
10/09/2012
Paródia de: Autopsicografia (Fernando Pessoa)
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