(Juliana Paula Landim)
Ontem tinha um careca
engravatado
(não sei por quê, mas não simpatizo com carecas engravatados!)
tocaiando as pessoas que saíam da padaria.
E tinha um senhor simpático
engravatado
tocaiando na outra saída.
Eu sentada
chupando,
infelizmente,
um picolé,
observava tudo.
Ninguém queria o bendito escritório comercial
que os dois queriam vender.
Veio um casal,
recusou;
o senhor simpático agradeceu!
Veio um outro casal:
- o rapaz recusou;
- a justificativa eu não consegui ouvir;
- o careca engravatado - depois que o rapaz se virou de costas - mostrou o dedo do meio.
Onde está a poesia nisso?
Talvez em imaginar o careca enfiando o dedo do meio em um de seus orifícios próprios!
(agora eu sei muito bem por quê! Não simpatizo com carecas engravatados!)
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