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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Poesias da Vida - XII

(Juliana Paula Landim)

Ontem tinha um careca
engravatado
(não sei por quê, mas não simpatizo com carecas engravatados!)
tocaiando as pessoas que saíam da padaria.

E tinha um senhor simpático
engravatado
tocaiando na outra saída.

Eu sentada
chupando,
infelizmente,
um picolé,
observava tudo.

Ninguém queria o bendito escritório comercial
que os dois queriam vender.

Veio um casal,
recusou;
o senhor simpático agradeceu!

Veio um outro casal:
- o rapaz recusou;
- a justificativa eu não consegui ouvir;
- o careca engravatado - depois que o rapaz se virou de costas - mostrou o dedo do meio.

Onde está a poesia nisso?
Talvez em imaginar o careca enfiando o dedo do meio em um de seus orifícios próprios!
 (agora eu sei muito bem por quê! Não simpatizo com carecas engravatados!)

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