(Juliana Paula Landim)
Eu já andava irritada
com aquela que andava a presidir.
Por presidir, presidenta!
E esse substantivo horroroso,
me acompanhou no rádio:
eu, por ouvir, ouvinta!
Acreditam que tive um sono terrível,
tentando absorver o som do tal substantivo
(por absorver, absorventa!)
e dormi em cima do braço?
Foi aí que acordei com a mão formigando,
assim, por dormir, dormenta!
À janela decidi tomar ar
e vi uma estrela cair,
por cair, cadenta!
E eu, por escrever, escreventa,
com a mão dormenta,
não pude redigir um poema.
Fiquei fula!
Por divergir, divergenta!
Mas para cada mal há uma cura e eu, no inconformismo daquela noite,
lembrei de uma amiga,
por crer, crenta.
Fiz uma oração
e pedi aos gramáticos todos
pela saúde de quem estivesse a presidir!
Mas meu lado mal (que eu tenho!)
desejou fervorosamente
que os mesmos gramáticos todos
criassem o verbo jumir!
E, enfim voltei a dormir,
contenta!
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