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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Poesias da Vida - XIII

(Juliana Paula Landim)

Eu já andava irritada
com aquela que andava a presidir.
Por presidir, presidenta!

E esse substantivo horroroso,
me acompanhou no rádio:
eu, por ouvir, ouvinta!

Acreditam que tive um sono terrível,
tentando absorver o som do tal substantivo
(por absorver, absorventa!)
e dormi em cima do braço?
Foi aí que acordei com a mão formigando,
assim, por dormir, dormenta!
À janela decidi tomar ar
e vi uma estrela cair,
por cair, cadenta!

E eu, por escrever, escreventa,
com a mão dormenta,
não pude redigir um poema.
Fiquei fula!
Por divergir, divergenta!

Mas para cada mal há uma cura e eu, no inconformismo daquela noite,
lembrei de uma amiga,
por crer, crenta.

Fiz uma oração
e pedi aos gramáticos todos
pela saúde de quem estivesse a presidir!

Mas meu lado mal (que eu tenho!)
desejou fervorosamente
que os mesmos gramáticos todos
criassem o verbo jumir!

E, enfim voltei a dormir,
contenta!


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