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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Três árvores


(para minha família)

Meus filhos e a família pelo oceano
salobro cultivei - quanta incerteza!
Três árvores reguei, e em meu engano
as via germinar no azul-turquesa;

fui tolo, ingênuo, cego, estulto, insano,
zombei da minha própria natureza.
Eu próprio fui entrave ao Grande Plano;
só fiz desamparar tanta pureza!

E agora, transformado em tal substância
mais branda, menos cega, mais sofrida
enxergo o mar salgado, da distância...

E às árvores queridas que contemplo
só resta socorrer com nova vida
em águas benfazejas, pelo exemplo!

Gilberto de Almeida
05/10/2012


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