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sábado, 7 de abril de 2012

Poema para Maria

José Gilberto Tristão de Almeida
(data desconhecida)


Maria, de graça e de encantamentos formada,
teu riso é o abraço dos olhos que beijo,
teus olhos, perfumes das faces rosadas,
teu corpo a fremir é o gracioso desejo
que mal se disfarça nos lábios vermelhos.
Tua alma é o unguento de terna pureza
com que me perfumo de amar-te e querer-te.
O amor, em teus olhos, é doce estranheza
de lentos mistérios curvados, rezando
a maga oração de indizível beleza.
A doce ternura, suave aconchego
com que a timidez se despede nos beijos,
as líricas frases, os castos delírios,
as vozes unidas no ternos arpejos,
são taças abertas, fragrâncias de lírios,
de trêmulos lírios de orvalho banhados
qual lágrimas puras que choras por mim?
Enxergo em teus olhos, suave Maria,
sorriso de luzes que em ti se irradia,
que és toda ternura, porque amas assim.


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