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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Vaga vagalume (ou seja, se já sabe, não gagueja!)















Vaga vagalume; acende a noite imensa.
És tudo, estudo na eterna aprendizagem
de vida, devida (santa recompensa!),
por compor com porte humilde a tua imagem

que brada, quebrada, brilha, pisca e pensa
e apaga essa paz: e a paga é essa passagem!
Sobe soberano, altivo e sem licença;
desce desse ensaio à máxima voltagem!

Como comovente fada cintilante,
ouve ou vê quem cruza a noite, o vôo inquieto,
diz, traído, distraído, o triste inseto.

A vista avista na noite, a luz brilhante.
porém, por engano, ao vê-lo em mais aumento,
a cena! Acena a tristeza e o seu tormento!

Gilberto de Almeida
05/07/2012

Um comentário:

  1. A idéia para este poema veio quando li o poema "Eco a Narciso", da Christiana Nóvoa, que por sua vez foi inspirado no poema "Mortal Loucura", de Gregório de Matos.

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