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sábado, 24 de novembro de 2012

A vida ao Deus Tabaco


Que agora vou pagar para morrer
é fato, porém todos morrerão!
Bem sei, mas a questão não é o saber:
sou débil! E a fraqueza, essa é a questão!

Eu sei que nos refolhos do meu ser
o câncer e as doenças surgirão!
Não quero, mas não basta o não-querer;
Passivo, dou-te a vida, oh!, alcatrão!

Sou tolo, irresponsável, suicida,
sou louco, inconsequente, esquivo e fraco.
Mas que fazer? Entrego a minha vida

não a quem amo; dou-lha ao Deus Tabaco!
E se me mato aos poucos, delinquente,
se desisti de mim, que ninguém tente!

Gilberto de Almeida
24/11/2012

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