Hoje pela manhã saí a caminhar com o Alberto.
E quando a gente caminha, além de caminhar, a gente faz duas coisas:
A gente contempla
e a gente pensa.
E às vezes o pensamento da gente entra num turbilhão de coisa alguma
e a gente sonha.
Foi quando eu lembrei que o Alberto estava comigo
e quiz saber como seria
não sonhar.
Olhei para o Alberto e ele, que não pensa, mas entente meus pensamentos,
disse:
- Está vendo aquela rolinha no topo do muro?
Pois sou como ela.
Ela sabe que existe o vento
Porque o vento toca suas penas.
Ela não pensa em voar, mas quando quer
Bate as asas e, com a impulso do vento, voa.
Gilberto de Almeida
04/11/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário