Pesquisar neste blog

sábado, 1 de dezembro de 2012

Eu, Alberto e o Vento


















Certo dia eu estava no Havaí.

Dessa vez  eu havia levado o Alberto e mais ninguém,
nem mesmo a Jennifer Connelly ou a Elettra Rossellini.

E eu pensava sobre o vento.
Pensava que o vento era a força com que Deus arrumava (e desarrumava) a sua casa.

Ele devia, por pura diversão, criar ondas de todos os tamanhos,
mudar as nuvens de lugar
e balançar as folhas das palmeiras
- como as pessoas fazem com os móveis em suas casas,
quando se cansam de como estão.

Da mesma forma, o vento deveria ter sido criado para Deus rearranjar a areia na praia
e as dunas no deserto.

- E, você, Alberto, o que acha do vento? - Perguntei ao amigo que não pensava, mas escutava muito bem meus pensamentos.

- Acho muito bom quando ele passa pelo meu rosto e pelo meu corpo.

E estatelou-se numa espreguiçadeira com um inenarrável sorriso de felicidade estampado naquela sua cara de pipa.

Nesse momento, diante da alegria pueril do meu amigo, fiquei feliz por ele e percebi - ou melhor, senti - que, às vezes, mesmo sem a Jennifer Connelly ou a Elettra Rossellini, esse tipo de alegria sem compromisso com nada é o que vale a pena na vida.

Gilberto de Almeida
01/12/2012


6 comentários:


  1. MARAVILHA AMIGO, O VENTO É UMA DAS MARAVILHAS DE DEUS PARA NÓS, BEIJOS. SISOYYO

    ResponderExcluir
  2. O vento tem um encantamento com sua musica tão especial e cada um pode senti-lo com uma nova e renovada emoção.o Alberto bem sabe o prazer de senti-lo tocar o rosto, mas que é muito interessante estas analogias bem colocadas.Parabens Gilberto.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado, Toninho. Eu e Alberto nem sempre concordamos muito um com o outro. Mas a gente se respeita. Abraço!

      Excluir
  3. Gilberto,
    Com o vento, Deus pode arrumar e mudar o lugar das coisas, mas traz-nos a sua presença de uma maneira bem suave, quando o Seu sopro acaricia o nosso rosto com doçura.
    Muito belo!

    ResponderExcluir