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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Amor de poeta


Que Deus livre as mulheres da imprudência
(e dor!) de um dia amarem um poeta.
O poeta vê, no amor, circunferência;
mulheres nele enxergam linha reta.

Os poetas têm, no amor, a reticência;
mulheres têm o ponto, enfim, a meta!
O amor que anelam sempre é evanescência;
mulheres querem fábula concreta.

Os poetas fogem fácil como o vento
(e voltam a seu mundo turbulento)
de tudo que os retém, que os paralisa!

Que Deus poupe as mulheres do tormento;
e o amor entregue, o poeta, como a brisa,
aos braços de improvável poetisa!

Gilberto de Almeida
13/07/2012


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