Minha terra tem feijão,
Pão de queijo e vatapá;
As vezes se dá gorjeta,
De gorjetas, como eu lá.
No pastel tem mais cebolas,
Já nas sopas, mais vapores,
Nos quiosques tem comida,
Na comida mais sabores.
Beliscar, sozinho, à noite,
Meu aipim com tacacá;
As vezes se dá gorjeta,
De gorjetas, como eu lá.
Minha terra tem primores,
Que não acho em Taiwan;
Pra comer banana, à noite,
Só se eu for buscar de Van;
Já pra comer carne seca,
Vou buscar no meu Sedã.
Buenos Aires que não queira,
Que eu fique sempre por lá;
Sem que desfrute a primeira
Fruta de um pé de cajá;
Sem qu'inda coma o feijão,
De gorjetas, como eu cá.
Gilberto de Almeida
14/08/2012
Paródia de: Canção do Exílio (Gonçalves Dias)
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