
I
Eu posso me orgulhar da minha enorme pequenez:
amá-la, cultivá-la, adulá-la,
vê-la crescer e florescer,
enriquecê-la, adorná-la,
prestar-lhe culto, dar-lhe vulto.
E conseguirei, no final dos meus dias terrenos,
no auge de minha grandeza,
continuar a ser pequeno.
II
Enquanto eu olhar adiante,
direto para o horizonte que se descortina,
não estarei tão radiante
como se olhasse para cima!
III
Nada mais sou que uma lágrima
do pranto do amor divino
querendo evaporar e voltar
para o olho que me chorou.
IV
Sigo em frente, meu caminho.
De onde nem penso, me notam:
não deixam que eu vá sozinho!
Gilberto de Almeida
13/08/2012
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