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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Via Wi-Fi

(Juliana Paula Landim)

"Ora (direis) ouvir besteiras! Chega!
Não perde tempo!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-Ias, muita vez sou pega
vendo bobagens, mórbida, num canto...


E às vezes - juro - varo a noite, enquanto
O meu cachorro, deita, se aconchega
E fica. E, ao vir do sol, eu me levanto,
com cheiro de pipoca com manteiga.


Direis agora: "Alucinada amiga!
Será que vês novelas? Que sentido
Tem o martírio a que a tevê te obriga?"


E eu vos direi: "Novelas não são nada!
Pois na Intenet, é lá que eu tenho ouvido
Besteiras no frescor da madrugada."



Parodiando Via Láctea (Olavo Bilac)


3 comentários:

  1. Muitas verdades ditas nos versos da Juliana!
    Felizmente, nem só isso se encontra... a prova é que vim ler esta poesia!

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    Respostas
    1. Obrigada pelo carinho, Dulce.

      Juliana Landim.

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    2. Obrigado por sempre estar visitando meu blogue, Dulce. Adoro a Juliana e o que ela escreve. Obrigado, Juliana, por me confiar seus poemas para postar aqui!

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