Pesquisar neste blog

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Poesias da Vida - XXXII

(Juliana Paula Landim)

O senhor da bilheteria
do metrô,
calvo e carrancudo
nem olhou pra mim!

Pegou dinheiro,
deu troco
nem sei como;
sem me olhar!

Primeiro quis ficar irritada,
mas procurei ser cristã!

O coitado devia ser daquele jeito,
carrancudo,
porque o seu trabalho
era ficar o dia todo
naquele guichê
apertado!

Fiquei com dó, 
mas pensei
se não seria o contrário:

Será que o seu trabalho
não era ficar o dia todo
naquele guichê
apertado,
porque o coitado era daquele jeito,
carrancudo?

Fiquei com dó
e não mais pensei!

Um comentário:

  1. A causa das coisas, o seu início e o seu fim...sempre difícil percebê-los, quando se trata de pessoas....

    Isa,
    http://instantaneospretobranco.blogspot.pt/

    ResponderExcluir