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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Soneto triste


Um dia, descansando desta vida -
da busca interminável por dinheiro,
que, persistentemente, vem primeiro
em nossa humanidade empobrecida -

um dia, enfrentarei a despedida

daquilo de que, um dia, fui meeiro
(porque ninguém tem nada por inteiro
senão a própria alma arrependida).

Mas livre da matéria, mesmo assim,

porém, em nova casa e novo posto,
verei que a insanidade não tem fim.

Perceberei, do além, a contragosto,

quem permanece atrás, dizer de mim:
- viveu, mas morre, agora, de desgosto!

Gilberto de Almeida

08/05/2013



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