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sábado, 15 de fevereiro de 2020

A hora que não vejo


Meu pai, querido pai, eu não me esqueço
das noites de palestra alentadora.
Deitava-me no chão e era o começo
do assunto que seguia noite afora.

Porém, falhei contigo e pago o preço
da ausência que, insidiosa, se demora.
Meu pai, saudoso amor, é o que te peço
que aceites, de minh'alma devedora. 

Já sei  que tudo passa, e há novo ensejo
de refazer, na vida, o que foi feito.
E a vida também passa, num lampejo, 

e um dia, o desenlace, de algum jeito,
virá trazer a hora, que  não vejo,
de novo, de estreitar-te contra o peito.

Gilberto de Almeida
15/02/2020

2 comentários:

  1. um sentimento eterno de saudade...uma esperança imensa de reencontro.
    Um abraço

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    Respostas
    1. Olá, Guaraciaba. Realmente é isso. Com saudade e muita esperança. Grande abraço.

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