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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Eu, Alberto e a cerca (ou seria o trilho de trem?)

Quando garoto eu via a cerca
na fazenda do avô do meu amigo,
tão longa, mas tão longa, que parecia um trilho de trem.
E então eu imaginava isso.
Que a cerca deveria ser um trilho
para algum trem mágico e misterioso
que andasse deitado...

- Muito bom, disse o Alberto, que andava bisbilhotando o que eu escrevia!
O único mistério é pensares em mistérios.
Por que não te contentas com o fato
De que havia uma cerca na fazenda do avô do teu amigo?
Por que tens de inventar mistérios para ela?
Não será ela tão boa de se tocar, por ser cerca?
Não será boa o suficiente a sua finalidade de ser cerca?

- Ora, Alberto - argumentei (nesse dia eu estava de bom humor!) - é natural a gente imaginar as coisas!

- Natural? Vou lhe fazer uma pergunta.

...

- Por acaso já viste um trilho de trem?

- Claro que sim...

- E por acaso ficaste a iimaginar que esse trilho fosse uma cerca?
E que houvesse uma enorme fazenda invisível erguida no ar e que essa cerca cercasse?

...

(pior é que já, mas resolvi guardar o Alberto no bolso e deixar quieto!)

Gilberto de Almeida
09/11/2012

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